Voltamos!

Voltamos! Certamente percebeste que este blog estava sem atualização, foi um erro meu não anunciar por aqui a pausa, fazendo-a apenas pelas redes sociais. O motivo é simples: estava em função do livro “10 Histórias de Mulheres Inspiradoras“.

A obra nasceu enquanto eu estava a atualizar este blog, tive a ideia decidi me dedicar a ele. Apesar de pequeno, o 10 Histórias de Mulheres Inspiradoras exigiu pesquisa, escrita, correção, editoração e etc. Agora com ele concluído, posso voltar a publicar por aqui.

No entanto, as atualizações neste primeiro momento serão quinzenais, e não mais semanais. Desta forma, as pesquisas poderão ser feitas com mais tranquilidade, pois além do Heroínas e Divas possuo outros projetos profissionais.

Leia:

https://embed.wattpad.com/story/86617829

Lady Deadpool: a versão feminina de Deadpool

Lady Deadpool/ Divulgação

Lady Deadpool é a versão feminina do Deadpool na realidade alternativa da Terra-3010. Chama-se Wanda Wilson possui uma personalidade bastante forte, sendo considerada em muitos momentos irritante. Apesar de não ter um gibi apenas seu, ela tem uma figura importante no universo Marvel.

Lady Deadpool tem a sua história principal na luta contra os legalistas norte-americanos, e para tal ela uniu-se a um grupo de rebeldes. General América é o principal inimigo da personagem.

divulgação

divulgação

Lady Deadpool encontra Deadpool na busca da dimensão zumbi (Mervel Zombies) para devolver a sua versão Headpool (Wade Wilson – Terra-2149) para ela. Foi durante essa viajem que Deadpoll chegou a Terra-3010 e encontrou a sua versão feminina. Ajudou-a na luta contra o General.

Após a revolução, Wanda passou a integrar o Corpo Deadpool. E morreu na edição Deadpool Kills Deadpool #3, de setembro de 2013. Com o filme do personagem masculino no primeiro semestre deste ano (2016), a anti-heroína retornou aos holofotes como boneca.

A personagem é criação de Victor Gischler, autor, e Rob Liefeld, ilustrador.

A paixão

Lady Deadpool é apaixonada pelo ator, não rebelde, Charles Randolph. Acontece que Charles tem namorada, mas a anti-heroína não vê problemas nisso e aproveita todos os momentos possíveis para impressioná-lo. De certa forma, essas tentativas lhe foram importantes, já que Lady lhe salvou a vida.

Certa vez, um homem muito irritado, por ter sido deixado pela mulher e os filhos que seguiram a revolução, decidiu agredir Charles com o sapato. Obviamente, Wanda estava no local e com o rosto evitou que o sapato acertasse o ator. Isso lhe causou a perda de alguns dentes, mas é algo que lhe valeu a pena, já que Charles romanticamente a ergueu, e para Wanda acreditou que aquele era um sinal que estavam destinados a ficar o resto da vida juntos.

Poderes e Habilidades

divulgação

divulgação

Lady Deadpool possui grandes habilidades, porém, uma fraqueza: a mental. Apesar de imunidade telepática, a irritabilidade é algo ruim para ela, principalmente por se sentir muito solitária. Entre os poderes está:

Regenerativa fator de cura: Lady Deadpool possui um fator de cura sobre-humana derivada da do mutante Wolverine que lhe permite regenerar tecidos do corpo danificados ou destruídos com muito mais rapidez e eficiência do que um ser humano comum. Lady Deadpool é capaz de curar ferimentos como cortes, feridas Punção, feridas de bala e queimaduras graves dentro de momentos. Seu fator de cura é desenvolvido a tal ponto que ela pode regenerar membros e órgãos em falta.

Imunidade telepática: O fator de cura faz com que suas células cerebrais para estar em um constante estado de fluxo e regeneração, tornando-a imune a psíquicos.

Resistência Química estrangeira: o corpo de Wanda é altamente resistente à maioria das drogas e toxinas. Por exemplo, é extremamente difícil, embora não impossível, para ela para se embriagar. Somente uma dose excessiva de calmante poderia derrubá-la.

Imunidade doença: As qualidades regenerativas únicas de fator de cura de Lady Deadpool também se estende ao seu sistema imunológico, tornando-a imune aos efeitos de todas as doenças conhecidas e infecções.

Resistência: musculatura de Lady Deadpool gera consideravelmente menos toxinas de fadiga do que os músculos de um ser humano comum, concedendo seus níveis sobre-humanos de resistência em todas as atividades físicas.

Agilidade sobre-humana: agilidade, equilíbrio e coordenação corporal são reforçadas a níveis que estão além dos limites físicos naturais do mesmo o melhor atleta humana.

Reflexos sobre-humanos: Seus reflexos são igualmente reforçadas, superiores aos do mesmo o melhor atleta humana.

Força: Lady Deadpool possui grande força física, embora não natural, sendo capaz de levantar pesos de 420 a 800 libras.

Armas: uma das habilidades de Lady Deapool está no manuseio de armas de diferentes tipos, incluindo o escudo do Capitão América.

Outras mídias

Lady Deadpool é personagem do jogo Heróis Marvel e foi dublada (em inglês) por Alanna Ubach.

A pequena crítica social: Mafalda

Mafalda na praia/ Quino

Mafalda na praia/ Quino

Mafalda é uma menininha de seis anos e uma bela crítica social. Apesar de ter sido criada em 1962, mas nascer realmente em 1964 e parar de ser desenhada na década de 1970, a personagem criada por Quino continua com um debate atual e cativando crianças e adultos.

De acordo com diversas publicações Mafalda foi criada em 1962 para um cartoon de propaganda que deveria ser publicado no diário Clarín, porém, o jornal cancelou o pedido. Já Quino conta que Mafalda nasceu dois anos após em uma história em quadrinhos, cujo desenho era fofo, mas o discurso não.

A primeira história de Mafalda foi publicada no jornal Primera Plana, cujo editor-chefe da época era Julián Delgado, amigo de Quino e que sugeriu ao quadrinista a criação das histórias da garota. A aparição foi em 29 de setembro de 1964. Junto a Mafalda estavam os pais.

Em janeiro do ano seguinte o amigo Filipe passou a fazer parte do enredo.

Ao longo do tempo outros personagens como Manolito e Susanita (abril de 1965) surgiram na história. Assim como as tiras foram publicadas em diferentes jornais até 25 de junho de 1973 quando Quino parou de desenhá-la. Fazendo tal ação apenas em momentos especiais, como em 1976, para a ONU.
 

A origem do nome

 
O nome de Mafalda foi inspirado em uma personagem da novela Dar la cara, de David Viñas, e o próprio autor contou que na literatura havia outras personagens com o mesmo nome.
 

Pelos impressos argentinos

 
A primeira aparição de Mafalda foi em 1964 no Primera Plana. Em virtude de uma disputa legal em 9 de março de 1965 a personagem saiu do impresso.

No dia 15 do mesmo mês e ano as histórias de Mafalda passaram a ser diárias no Mundo de Buenos Aires. Foi neste período que boa parte das críticas sociais surgem, já que Quino tinha a possibilidade de cobrir eventos correntes com mais detalhes. Manolito e Susanita foram criadas neste jornal, assim como a mãe de Mafalda ficou grávida. Em 22 de dezembro de 1967 o jornal faliu e Mafalda teve uma pausa de publicação.

Após pausa de seis meses, as tiras voltaram a serem publicadas no dia 2 de junho de 1968, no Siete Días Ilustrados. Como as HQs (histórias em quadrinhos) tinham que ser entregues com duas semanas de antecipação, o autor se via incapaz de comentar os fatos com a temporalidade necessária. Este fato o levou a cancelar a publicação das histórias de Mafalda cinco anos após.
 

Odeia sopa

 

Quino

Quino

A mamã adorava preparar sopa, prato detestado por Mafalda. Esse foi tema de muitas tiras. Mas a pequena também tinha muitas preferências. Na música Beatles e na televisão, outro meio de muitas críticas (em relação a programação), o desenho do Pica-Pau.

Ela se comporta como uma menina na sua idade, todavia tem uma visão aguda da vida e vive questiona o mundo à sua volta.

A pequena embaixadora dos Direitos Universais da Criança

Toda criança te direito a educação gratuita/ ONU - Quino

Toda criança te direito a educação gratuita/ ONU – Quino

Em 1976 Quino desenhou um pôster de Mafalda falando sobre os Direitos Universais da Criança. Os personagens também fizeram parte da cartilha com todos os direitos de proteção a criança. Logo a pequena e sua turma se tornaram embaixadores da ONU.
 

Lista de Personagens

 

Tira de Mafalda/ Quino

Tira de Mafalda/ Quino

Além de Mafalda, as tiras de quadrinhos contou com oito personagens. Veja a lista:

Papá (Pelicarpo): O pai trabalha numa companhia de seguros, adora cultivar plantas em seu apartamento e tem crises de idade.

Mamã (Raquel): uma típica dona de casa dos anos 1960, não completou os estudos (por isso é vista como medíocre pela Mafalda), entra em conflitos com a filha quando prepara sopas e macarrão.

Filipe: Um sonhador que odeia a escola, mas que frequentemente trava intensas batalhas com sua consciência e seu senso nato da responsabilidade. Foi inspirado pelo jornalista Jorge Timossi, um amigo de Quino.

Manolito (Manuel Goreiro): O filho de um comerciante, mais preocupado com os negócios e dinheiro do que com outra coisa. Não gosta dos Beatles e é um estudante que tira notas baixas (menos em matemática, por causa das contas que aprende no mercado do pai). Representa o conservadorismo capitalista na obra, e apenas pensando no lucro do armazém do pai. Adora as inflações dos preços, já que assim acha que está lucrando.

Susanita (Susana Beatriz Clotilde Chirusi): Uma menina fútil, no qual o único objetivo na vida é encontrar um marido rico e de boa aparência quando crescer e ter uma quantidade de filhos acima da média. É fofoqueira e egoísta, e sempre encontra um jeito de falar sobre o vizinho do irmão da cunhada de alguém.

Guille (Guillermo): O irmão caçula da Mafalda, esperto para sua idade, é retratado como uma criança que começa a perceber o mundo.

Miguel (Miguelito Pitti): é um pouco mais jovem do que as outras crianças. É filho único e tem um enorme coração, apesar de ser egocêntrico. Miguelito tem dificuldade de compreender o que Mafalda pensa, sempre entendendo os conselhos de sua amiga de maneira literal.

Liberdade (Libertad): Uma minúscula menina. Todos fazem o comentário óbvio sobre seu nome. Gosta das coisas simples da vida e seus pais são jovens idealistas, a mãe é tradutora, o pai trabalha em um empreguinho, motivo de moram em um pequeno apartamento.

Burocracia: É a tartaruguinha que Mafalda ganhou de presente do pai e Guile. Foi batizada por este nome por Mafalda por ser tão vagarosa.
 

Tiras ao redor do mundo

 

Em italiano/ Quino

Em italiano/ Quino

As tiras de Mafalda estão ao redor do mundo, fazendo com que a personagem fosse além da Argentina. A personagem faz muito sucesso até hoje na América Latina, Europa e China. Sendo que os livros com reuniões seriadas das tiras são republicadas atualmente.
 

As principais obras

 
Até hoje Mafalda é publicada em livros reedições anteriores e séries de tiras. No Brasil a principal detentora da marca e a editora L&PM. As principais obras são:

Mafalda (1966)
Así es la cosa, Mafalda (1967)
Mafalda 3 (1968)
Mafalda 4 (1968)
Mafalda 5 (1969)
Mafalda 6 (1970)
Mafalda 7 (1972)
Mafalda 8 (1973)
Mafalda 9 (1974)
Mafalda 10 (1974)
Mafalda Inédita (1989)
10 Años con Mafalda (1991)
Toda Mafalda (1992)
 

O desenho animado

 
Em 1981, Mafalda e a turma ganharam uma animação. Apesar do pequeno sucesso houve pouca divulgação. Quino não era a favor de que a personagem se transformações em desenho animado.

Um belo presente

Maurício de Sousa e Quino/ Foto: Ministério das Relações Exteriores

Maurício de Sousa e Quino/ Foto: Ministério das Relações Exteriores

Na comemoração dos 50 anos da personagem, em 2014, Quino e Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, se encontraram. Era um evento no qual o autor brasileiro entregou um desenho de Mônica e Mafalda juntas ao Centro Cultural Brasil-Argentina em Buenos Aires. Quino quis participar da entrega da ilustração e Maurício de Sousa fez questão de viajar ao país para encontrar o autor argentino.

No evento Mauricio e Quino conversaram sobre diversos assuntos e sobre as suas personagens e preocupações com o mundo.
 

A praça

 
Mafalda é tão importante que ela se tornou um dos símbolos da Argentina. Tanto que várias estátuas delas estão espalhadas pela capital Buenos Aires, e em outras cidades. Na principal cidade hermana há até uma praça que leva o nome da personagem.

“Foi uma honra”, diz Márcia Malsar após carregar a Tocha #Rio2016

Márcia durante a cerimônia de abertura da Rio2016 / Imagem: Reality Social

Márcia durante a cerimônia de abertura da Rio2016 / Imagem: Reality Social

Aplaudida de pé, Márcia Malsar carregou a Tocha Paralímpica #Rio2016, no Maracanã, mais aplaudida ainda, a atleta aposentada levantou de uma queda. Mas quem é essa mulher que tanto emocionou milhares de pessoas e que em entrevista contou ter sido “uma honra carregar a Tocha”?

Márcia foi a primeira atleta brasileira a conquistar uma medalha de ouro em uma paralimpíada, foi em 1984, nos 200m rasos. A primeira Olimpíada de Márcia, que na época tinha 24 anos e estava na sua primeira Olimpíada.

Mas antes de conquistar o lugar mais alto do pódio, Márcia teve inúmeros desafios a serem vencidos. Aos dois anos contraiu sarampo e como consequência da doença teve uma infecção no encéfalo. A infecção acabou por comprometer a parte motora e a fala.

Aos 16 anos começou a praticar esportes com 16 anos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), e depois passou a treinar no Instituto Brasileiro de Reeducação Motora e, a posteriori, na Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef). “O técnico viu que ela tinha uma saída para a corrida que dava para ser velocista na categoria de paralisada”, contou a irmã da atleta, Mara Malsar.

Marcia Malsar durante o período de atleta/ Foto: arquivo Andef

Marcia Malsar durante o período de atleta/ Foto: arquivo Andef

O talento visto pelo professor se confirmou. Em New York, 1984, Márcia participou da primeira paralimpíada. E na estreia conquistou três medalhas: ouro nos 200m rasos; prata nos 1.000m cross country; e bronze nos 60m rasos. Na mesma edição bateu o recorde na prova dos 200m, com o tempo de 34s83.

Em Seul, 1988, Márcia conquistou a prata nos 100m rasos. Participou em Barcelona, em 1992, mas não medalhou.

Uma emocionante homenagem

Apesar da história marcante no esporte, Márcia, que tem 56 anos, contou jamais esperava receber uma homenagem tão emocionante. “Nunca imaginei e nunca sonhei com isso. Para mim, isso foi uma honra ao mérito”, contou a atleta.

“Para ela, foi uma homenagem justa pelo que ela fez, o que ela contribuiu para as paralimpíadas e em defesa das pessoas deficientes”, salientou Mara.

Atualmente, a ex-atleta faz sessões diárias de fisioterapia para garantir a manutenção da força muscular e o equilíbrio. Há mais de cinco anos, o fisioterapeuta Bernardo Luz Helayel Tavares convive com Márica, em sessões de tratamento domiciliar e hidroterapia. Ele falou que: “Ela tem bastante orgulho de ter representado o país em várias competições, não só na paralimpíada, mas também em outros campeonatos pelo mundo. Quando vai alguém na casa dela, ela pega as reportagens, as medalhas e os troféus para mostrar. Ela tem muito orgulho dessa parte da vida dela. Realmente foi uma dificuldade muito grande, a Márcia tem uma paralisia cerebral, é difícil ver pessoas com esse tipo de patologia que conseguem essa superação, então é um exemplo”.

Queda e superação

Na cerimônia de abertura da Paralimpíada, Márcia Malsar recebeu a tocha do atleta Antônio Delfino de Souza, medalhista do atletismo em Atenas, 2004. Ela percorreu alguns metros com a tocha na mão, amparada por uma bengala. Como chovia muito naquela noite, Márcia desequilibrou-se e caiu no chão, mas rapidamente levantou-se, sob aplausos do público que lotava o Estádio do Macanã.

De acordo com Mara, Márcia ficou chateada com a queda, porém o episódio fez a atleta lembrar do início de seus treinamentos, quando ela caía durante as diversas tentativas de executar os movimentos. “Ela lembrou desse período em que treinava e disse que a vida é assim mesmo, a gente cai e levanta. Ela caiu, mas não desistiu de chegar no final”, lembrou a irmã.

Uma exposição sobre gigantes!

As medalhas conquistadas por Márcia Malsar nas Paralimpíadas podem ser vistas na exposição Gigantes Paralímpicos, organizada pela Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A mostra também conta com fotos, medalhas e objetos de atletas de diversas modalidade e ficará aberta ao público até o dia 22 de setembro.

*Informações Sabrina Craide – Agência Brasil