Pausa no projeto Heroínas e Divas

Em breve nova série

Em virtude da agenda profissional desta que vós escreve o projeto Heroínas e Divas teve uma pausa forçada. Infelizmente (ou felizmente) alguns serviços apareceram, além dos já existentes. Além disso, voltei a estudar.

Não deu para conciliar todos os projetos. Optei por parar este aqui, já que ele não dá o retorno que esperava. Não é algo que me deixou triste, pelo contrário. O Heroínas e Divas tem uma série de histórias contadas, logo, tenho certeza que não perdi nada ao investir tempo neste projeto. Ganhei muito.

Em breve começarei um nova pesquisa, para trazer mais uma série de histórias sobre heroínas e de divas. Essa pausa um dia acaba, e acabará ainda neste 2017.

Enquanto as novas histórias não são publicadas se divirta com o nosso arquivo:

Heroínas e Divas das HQs

Heroínas e Divas das Séries de TV

Heroínas e Divas da Vida Real

Até breve e boas leituras!

Bruna Santos de Souza, jornalista.

Xena: de vilã a guerreira pop

Xena a princesa guerreira foi uma das séries de televisão mais populares da década de 1990 e 2000, sendo considerada uma das poucas que se manteve no ar após a virada do milênio, e a figurar entre as melhores do mundo. Do programa nasceu a personagem Xena, que dá nome a série, uma heroínas mais populares. Mas nem sempre a heroína foi uma guerreira na luta do bem contra o mal. Xena, no começo, era vilã.

A primeira aparição da personagem foi durante três episódios da série Hércules. No primeiro e no segundo Xena era vilã, que costumava assaltar com o seu bando vilas, mas no terceiro a moça aliou-se com Hércules para derrotar Darphus. Ela apaixona-se pelo semideus e com a aproximação dos dois, ela passou ver seus atos de outra forma, tornando-se assim uma guerreira do bem. O sucesso da personagem foi tão grande que o roteiro teve de ser mudado. Xena morreria no terceiro episódio, mas os produtores cancelaram a morte.

A criação de Xena foi de Robert Tapert e John Schulian, diretores e produtores da série. Após a terceira aparição da guerreira em Hérkules, os produtores planejaram uma sequência da nova heroína na série, mas Tapert teve a idade de dar a ela um programa.

O enredo principal se passou na Grécia Antiga e com foco na mitologia grega, porém temas da atualidade eram discutidos, sendo que a história falou de diferentes crenças e mitologias.

A série na televisão

Xena a princesa guerreira estreou na televisão em 13 de março de 1995 no episódio The Warrior Princess, de Hércules, e como dito acima após o grande sucesso da personagem fez com que ela ganhasse um programa. A primeira temporada de Xena começou a ser gravada em junho daquele mesmo ano, em Auckaland, na Nova Zelândia.

O primeiro episódio foi ao ar no dia 4 de setembro, também de 1995, pelo canal USA Chanel. O primeiro capítulo de Xena a princesa guerreira, assim como toda a temporada, foi filmada de forma amadora, visto que o orçamento era pouco e os equipamentos de baixa qualidade, porque os produtores não acreditaram muito na série. No entanto, a qualidade não afastou o público. A estimativa de audiência foi de que mais de quatro milhões e 300 mil pessoas assistiram ao primeiro episódio, sendo que essa audiência se manteve no capítulo seguinte.

O sucesso manteve-se nas temporadas seguintes, e não foram poucas as vezes que Xena a princesa guerreira figurou como uma das séries mais assistidas nos Estados Unidos, embora a quarta e quinta temporada tenham tido quedas de audiências, retornando ao topo na sexta. Mesmo assim, o programa teve seu último capítulo em 18 de junho de 2001.

Xena teve a suas aventuras mostradas em cerca de 108 países, dublada em diversas línguas. A série da guerreira ficou em 10º na lista das 25 Melhores Séries de Culto da História, da revista TV Guide.

Além dos altos números de audiência, a princesa guerreira foi a primeira personagem televisiva a reunir fãs ao redor do mundo (Fandom), que pela internet discutiam cada episódio e personagens. Até hoje Fandom de Xena continua ativo.

O enredo do programa

Xena, Gabrielle e Joxer

O enredo do programa da heroína acontece na Grécia Antiga, tendo como plano de fundo a mitologia local, embora Xena convivesse com personagens de outros tempos.

Os episódios narram as aventuras da ex-vilã Xena, que procurou redimir-se do seu passado em uma missão contra o mal que assolava, principalmente os vilarejos. Xena seguia as viagens sempre acompanhada da fiel amiga Gabrielle e do amigo (e atrapalhado) Joxer.

Não foram poucos os personagens das lendas gregas que aparecem nas histórias, pelo contrário, eles foram bastante recorrentes, seja como aliados nas batalhas seja como rivais.

Também apareceu na série personagens históricos de diferentes épocas, mas assim como os gregos, a história destes sofreu alterações para que se encaixassem melhor ao enredo.

A vida de Xena antes de virar princesa guerreira

Xena nasceu em Anfípolis, na Heláde (onde hoje fica a Grécia), filha da taberneira Cyrene e do guerreiro Atrius, e irmã de Toris e Lyceus, mais velhos. A vida da família era tranquila, mas certa vez, o pai chegou de uma guerra bêbado e dizendo que ia sacrificar a caçula em nome do Deus Ares. Desesperada e com a intensão de manter a filha viva, Cyrene matou Atrius, enquanto as crianças dormiam, e nunca os revelou o que havia acontecido.

Sem a presença do pai, Toris, o primogênito, passou a ajudar a mãe na taberna e também nos cuidados com a família. Já Xena e Lyceus, muito unidos, quando não estavam nos treinos de luta de guerra estavam aprontando alguma coisa. A família, apesar das dificuldades, voltou a viver tranquila, sendo que certos dias passavam a tardes inteiras pescando, atividade que mãe e filho realizavam em virtude da insistência e entusiasmo dos pequenos Xena e Lyceus.

Quando cresceram os caçulas tornaram-se jovens habilidosos na arte da luta e orgulhavam muito a mãe.

Certo dia, chegou a Anfípolis o mercenário Cortese, que pretendia dominar a cidade. Como tinham muito pouco ou nada de conhecimento em lutas, os habitantes resolveram se render a Cortese, mas Xena e Lyceus discursaram em frente a uma multidão e pediam para que o povo não se rendessem em nome a liberdade. As pessoas ouviram os jovens. Porém a batalha foi devastadora, muitos habitantes da cidade morreram, entre eles Lyceus. Mesmo assim, os homens de Corteses foram derrotados e abandonaram a cidade.

Contudo, o povo ficou contra Xena, incluindo a mãe, pois acreditavam que se não tivessem seguido os ideais de liberdade da moça eles jamais teriam perdido seus familiares e amigos. Sem o irmão e melhor amigo que morreu em combate, sem o irmão mais velho que fugiu pouco antes da cidade ser invadida, ela se viu sozinha.

Rejeitada por aqueles que defendeu, Xena resolveu sair de Anfípolis para conquistar outras partes da região, e assim, conquistar riquezas suficientes para evitar que qualquer outro mercenário invadisse a sua cidade natal.

Ela e seu bando sequestraram Júlio Cesar, da rica república Roma. Com o líder político preso em seu navio, Xena pediu um alto valor para o resgate, porém ela encantou-se por ele e os dois tiveram um romance. Júlio César prometeu a Xena que assim que fosse liberto voltaria para vê-la. Ela aceitou o acordo. Com o pagamento do resgaste, o político foi solto.

Além dos piratas, do bando de Xena, encontrava-se no navio M’Lila, uma escrava gaulesa que entrou no navio ao fugir. Xena só deixou-a ficar, porque ela prometeu lhe ensinar “ponto de pressão”, um golpe de pernas que M’Lila usou para matar um dos bandidos e imobilizou uma das pernas da vilã.

M’Lila tentou avisar a Xena que Júlio César preparava a ela uma emboscada, contudo, não teve tempo suficiente, e não demorou para que o barco romano se aproximasse, e logo depois, os romanos, liderados por Júlio César adentrassem o navio de Xena. Xena e seu bando foram presos e seriam enforcados. Mas, durante a noite, M’Lila, que estava escondida, conseguiu salvá-los.

Durante a batalha entre Xena e seus bandidos e os romanos, a mulher teve suas pernas quebradas. Ao retirá-los da praia, onde seriam enforcados, M’Lila levou Xena até seu amigo e curandeiro Niklio. Ele tratou dos ferimentos da guerreira e usou a acupuntura para acelerar o tratamento.

Não demorou para os romanos descobrirem onde Xena estava. E quando tentaram matá-la, Mi’Lila jogou-se a frente de Xena, recebendo no peito a flecha direcionada a guerreira. A jovem gaulesa morreu e Xena ficou com muito ódio, combatendo e matando todos os soldados romanos.

Disposta a se vingar de toda a humanidade, Xena, que se tornou uma sanguinária mercenária, viajou até o Oriente. Em uma das viagens, ela conheceu Bórias e se tornaram aliados, além de terem um romance. Unidos varriam os reinos orientais. Quando chegaram a China foram fazer uma acordo que trouxesse benefícios financeiros das duas casas mais poderosas do reino, a de Lao e de Ming.

A primeira a ser contatada foi de Lao Ma, mas o acordo não deu certo. Querendo dinheiro fácil, Xena, então, resolveu sequestrar Ming’ Tien, o filho do imperador Ming’ Tzu. O plano deu certo, todavia, Bórias sentiu-se traído. Ele então procurou o imperador e entregou a cabeça de Xena. Ela foi presa, mas foi salva por Lao Ma.

O título de Princesa Guerreira

Durante a sua estádia no palácio da Imperatriz da China, Xena aprendeu novas técnicas de lutas, com sua nova mentora Lao Ma, ensinamentos baseados no amor, na paz e no auto-sacrifício. Foi com a nova amiga, que Xena começou a pensar em mudar de vida, principalmente porque Lao a curou das pernas com técnicas muito antigas.

Lao Ma propôs a Xena que governasse junto a ela o reino e no momento lhe atribuiu o título de Princesa Guerreira. No entanto, Xena cega pelo ódio a Ming’ Tzu, não aceitou o convite.

Sabendo das investidas contra Ming’ Tzu, durante uma batalha, Lao Ma freou as atitudes de Xena e a expulsou da China.

O filho

Grávida de Bórias, ela seguiu acompanhando-o em lutas, sendo que numa destas deu a luz a um menino. Xena não tinha muitas lembranças do momento, e poucas cenas que recordava era de Bórias caído ao chão. Nesta batalha ele morreu.

Xena percebeu que ficar com o bebê seria arriscado e resolveu então entregá-lo a alguém que poderia criá-lo com proteção e de forma decente. Foi quando ela decidiu dá-lo a Kaleipus, líder dos Centauros, que apesar de não gostar da guerreira aceitou a missão de cuidar e educar o pequeno, pois ele era filho de Bórias, em nome da amizade deles.

Apenas mais tarde, Xena descobriu que a decisão de entregar o bebê havia sido uma maldição de Alti.

De vilã a heroína

Xena ficou conhecida em toda a Grécia por ser uma mercenária sanguinária e que botava medo por onde passava. Todavia, ela sabia que para se tornar superior era preciso enfrentar Hércules. A vilã tinha noção que não seria fácil, por isso ela elaborou um plano, que consistia em seduzir Iolaus, melhor amigo do semi-deus. Assim ela fez, seduziu o rapaz, influenciando-o a matar Hércules. Demorou, mas o herói conseguiu fazer com que o amigo percebesse que estava sendo enganado pela mercenária.

A mudança de Xena começou aos poucos. Darphus, subtenente de Xena, cansou de seguir as regras da Princesa Guerreira, e por conta própria invadiu uma vila, aniquilando toda a população, não respeitando nem as crianças e as mulheres, como era ordem de Xena.

Ao perceber o que estava acontecendo e ao chegar a vila, Xena irritasse com Darphus, e manda-o de volta, principalmente quando ele decide matar o bebê, único sobrevivente do massacre. Ela não permite e ele chega ao limite. Criando uma ofensiva contra Xena, principalmente ao unir-se a Ares.

Xena se vê sozinha, mas tem ajuda de Hércules no planejamento contra Darphus. Eles passaram muito tempo juntos, e acabaram se aproximando. Essa união fez com que os dois se apaixonassem, além de ajudar Xena a mudar. Graças ao semi-deus, a Princesa Guerreira entendeu o que deveria fazer da vida.

Após o embate contra Darphus, Xena deixou a cidade e despediu-se de Hércules.

A nova Xena e a nova parceira

Xena resolve voltar a cidade que nasceu e buscar o perdão da mãe. No meio do caminho ela viu um grupo de aldeões que estavam sendo levados como prisioneiras do guerreiro Draco. Entre os aldeões uma jovem loura chamou a atenção, já que a menina enfrentava com coragem os soldados. Um dos guerreiros ia lhe bater com um chicote, mas ao levantá-lo contra a garota, Xena agarra o braço do homem. Começa ali a primeira batalha de Xena como heroína. E ela sentiu-se bem, ao perceber que havia salvado um pequeno grupo de pessoas da escravidão, sendo essa uma das suas primeiras atitudes não egoístas.

A jovem chamava-se Gabrielle e ela fascinou-se pelas habilidades da guerreira, por isso, resolveu abandonar a vila para seguir Xena. A guerreira não gostou muito da ideia de ter ao seu lado uma menina indefesa, porém, mesmo sendo difícil, ela acabou aceitando a companhia de Gabrielle.

Ao decorrer do caminho, as duas tornaram-se muito amigas, sendo uma imprescindível na vida da outra. Enquanto Xena era emoção e luta, Gabrielle era razão e amor.

Outras mídias

Xena originou-se na tv, mas o sucesso da série levou a personagem a outras mídias. Em 1998, ela e Gabrielle se uniram a Hércules e Iolaus para defender o Olimpo que sofreu um ataque dos Titãs, no filme de animação Hercules and Xena: The Battle for Mount Olympus, dirigido por John Loy.

A Princesa Guerreira também virou vídeo-game. Em 1999, ela estrelou os seguintes jogos: Warrior Princess, para PS1; Xena: Warrior Princess: The Talisman of Fate, para Nintendo 64; e Warrior Princess: Girls Just Wanna Have Fun, para PC.

Em 2000, a heroína estrelou: Xena: Warrior Princess, para Game Boy Color; e Xena: Warrior Princess: Death in Chains, para PC.

Em 2001 foi lançado Xena: Warrior Princess, para PS2, comercializado apenas na Europa.

Livros

Xena a princesa guerreira também teve suas aventuras contadas em quadrinhos, com título de mesmo nome. Inicialmente eram editados pela Dark Horse Comics, e depois pela Dynamite Entertainment.

A personagem também virou livros ilustrados que contavam a história da série, produção, dentre outros. A grande maioria, até hoje criadas são dos Fandons. Entre as principais obras estão: Xena Warrior Princess: Complete Illustrated Companion; XENA: All I Need to Know I Learned From the Warrior Princess; e The Official Guide to the Xenaverso, de Robert Weisbrot.

A comilona Magali

Magali/ Divulgação

Amiga da Mônica, criação de Maurício de Sousa, inspirada na filha do autor. Magali foi criada em 1964, inicialmente, para fazer pontas nas tiras do Cebolinha. Apareceu pela primeira vez no dia 11 de janeiro daquele ano como amiga de Mônica, mas elas só se tornaram BFF ao longo dos anos.

A pequena de vestido amarelo é conhecida pelo apetite voraz e é a personagem mais magra da turminha (mesmo que todos os personagens tenham os mesmos traços). Magali é carinhosa, meiga e delicada. Tem sete anos e dos personagens de Maurício é a única canhota. Tem um gato de estimação e mora com os pais.

Em janeiro de 1989 Magali ganhou a própria revistinha e desde lá nunca ficou de fora das bancas. A personagem é uma das principais da Turma da Mônica, e assim como os demais do grupo, ganhou revistas especiais como 500 edições e o comemorativo dos 50 anos, além de atualmente ser embaixadora da Alimentação Saudável.

Das participações até as próprias histórias

Primeira revista/ banco de imagens

Magali nasce como coadjuvante nas histórias do Cebolinha, primeiro em jornal, e após nos gibis. Em maio de 1970 ela apareceu na revista Mônica e sua turma, na história O soro da invisibilidade. Em 1973, Magali voltou a fazer parte de duas histórias na Revista do Cebolinha, número 3. E em agosto de 1982 estava na estreia da Revistinha do Cascão.

Todos já tinham ganhando uma revista, menos ela. Nem o jeito delicado e a paciência lhe seguraram. Indignada ela prometeu fazer greve de fome se não tivesse seu gibi. A página de protesto, no qual aparece de costas, saiu nas revistinhas dos outros personagens. Pelo jeito a “manifestação” deu resultado, já que em fevereiro daquele ano foi publicado o primeiro título da Magali.

Desde então ela não parou mais, e em janeiro de 2015 chegou a marca de 500 edições. Um ano antes, em comemoração aos 50 anos da criação da personagem, Magali virou livro, lançado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, além de ser título de uma série de livros de receitas, e tem um página no site da Turma, com o tema alimentação.

Vida em família

Família Magali/ Divulgação

Magali vive com a mãe, Dona Lina, dona de casa que mima a filha, mas não aprova o apetite exagerado da pequena, com o pai, Carlito, que trabalha em uma construtora e ter alergia a pelos de gato, e o mascote Mingau.

Mingau apareceu na primeira edição da Revista Magali, mas na época não tinha nome, em março de 1989 foi realizado um concurso cultural, no qual os leitores podiam escolher o nome do felino.

Na edição 6 da revista foi divulgado o nome do gatinho: Mingau. Esse foi o que mais apareceu entre os enviados, total de 65 vezes, no qual 65 crianças ganharam como prêmio uma festa com participação de Maurício de Sousa.

Também na primeira edição foi conhecido o personagem Dudu, priminho de Magali, e que é o oposto dela. Enquanto Magali adora comer, Dudu detesta comida.

Na revista 3, de abril de 1989, apareceu a personagem da Tina Nena, uma doceira de mão cheia e de quem Magali herdou poderes mágicos.

Uma capa polêmica

Capa julho de 1989/ Divulgação

Mônica nunca bateu em Magali, mas Magali já bateu em Mônica. Mas apenas no número de vendas. Na capa da edição de julho de 1989, que trouxe uma polemicazinha na época, Magali aparece em pé, Mônica com um olho roxo sentada no chão, enquanto no fundo Cebolinha e Cascão dão gargalhadas.

No editorial, assinado por Maurício, tem a explicação da imagem. As duas não brigaram! A brincadeira foi feita porque em maio, a Revista da Magali superou as vendas da Revista da Mônica, mais de 500 mil exemplares foram comercializados.

Inspiração

Assim como Mônica, Maurício de Sousa inspirou-se na filha Magali para criar a personagem de mesmo nome. Magali na vida real era uma menina magra e comilona. A fruta preferida de Magali é melancia e o autor levou esse traço para a personagem.

A bruxa inimiga de Magali

Magali também possui uma inimiga, a Bruxa Vivian, que sempre busca dominar os poderes da Lua. Ela não tem uma tema de maldade, mas todas as peripécias que realiza é porque está atrás de ingredientes para as poções mágicas.

Vivian, na verdade, é inimiga de tia Nena, no qual Magali herdou a inimizade junto com os poderes.

Magali em livro

Livro/ Divulgação

Magali também possui livros. O primeiro não é uma obra, mas é um almanaque. O Almanaque temático de Magali tinha como título A comilona, de 1995.

No ano seguinte saiu pela editora Globo o livro Receitas da Magali. Em 2001, a personagem foi capa do infantil Oi, eu sou a Magali!

Em 2014, como dito anteriormente, a personagem ganhou um livro comemorativo aos seus 50 anos, na obra as histórias mais clássicas de Magali. Em 2015, foi lançado o Caderno de Receitas da Magali, assinado por Mônica Rangel.

Em agosto de 2016 foi lançado Magali em outras vidas, escrito por Mauricio de Sousa, Luis Hu Rivas e Ala Mitchell. A obra foi editada pela Boa Nova.

Magali baby

Turma da Mônica Baby

Magali, assim como Mônica, Cebolinha e Cascão tem a sua versão bebê e é integrante da Turminha Baby. A turminha, que mantém os traços dos personagens originais, aparaceu no começo da década de 1990, com um apelo de marketing e voltados a produtos da primeira infância (0-3 anos). Aparecem nos quadrinhos e em alguns filmes especiais.

Magali Jovem

Divulgação

Em 2008 a Turma da Mônica ganhou a versão adolescente, e claro, Magali também cresceu. Nesta fase, a menina passou a cuidar da alimentação e aprendeu a controlar a gula. Mônica continua a ser a sua melhor amiga, e Mingau continua sendo o seu companheiro.

Em novembro de 2011 a revista Magali Jovem ganhou a edição especial: Coração e Garra. Já em dezembro do ano seguinte, a Revista Turma da Mônica Jovem teve a história Tem uma gato no meu café, um enredo inteiramente da Magali.

Magali Toy

Divulgação

Em junho de 2013 Magali recebeu a sua versão na série animada Mônica Toy. Ela apareceu como coadjuvante no terceiro episódio da 1ª temporada “Fofoquinhas”, sendo que foi a principal no quinto episódio intitulado “Nãnãnã”.

Embaixadora da boa alimentação infantil

Na comemoração dos 50 anos de criação da personagem, Magali tornou-se Embaixadora da Alimentação Equilibrada. Em virtude disso, a Maurício de Sousa Produções desenvolveu uma versão lúdica da Pirâmide alimentar, sendo a fonte principal de referência a Sociedade Brasileira de Pediatria.

Em 2015 a personagem uniu-se ao projeto Meu pratinho saudável, em uma ação voltados a mães e pais, com dicas de como transformar o lanche escolar mais equilibrado e saboroso.

Batgirl a heroína Girl Power

Batgirl/ Divulgação

Popular no mundo on e offline, a Batgirl agrada diferentes públicos e se tornou, após uma nova releitura, uma das heroínas mais famosas da DC. A musa teen dos super-heróis completou em janeiro deste ano 50 anos.

Batgirl nestas cinco décadas passou por muitos altos e baixos, mas, sem dúvida, ela nasceu para brilhar. A estreia da heroína foi no Detective #359, publicado em janeiro de 1967, sob o título de “A Estreia Milionária da Batgirl!”. A criação foi de Garner Fox e do desenhista Carmine Infantino.

Na edição, Batgirl era Bárbara Gordon que aliou-se a Batman e Robin (original) na luta contra os malfeitores que atuavam principalmente em Gotham City. Bárbara também se aliou a outros heróis do Universo DC.

Ao longo dos anos a personalidade de Batgirl mudou um pouco, já que diferentes personagens assumiram o papel da heroína. Mesmo assim, Bárbara se mantinha como a mais popular entre as garotas ajudantes do Batman. Muito pelo apelo social que a personagem tinha. Bibliotecária, solteira e feminista, sendo que sua criação foi impulsionada pelo forte movimento feminista da década de 1960.

Atualmente, após ficar muito tempo sem atuar como heroína, Barbara voltou a ser a Batgirl e desde o segundo semestre de 2016 suas histórias são assinadas por Hope Larson e Rafael Albuquerque (brasileiro).

As diferentes Batgirls

Cassandra Cain – Batgirl

A primeira Batgirl foi criada em 1961 era Betty Kane, sobrinha da Batwoman, Kathy Kane. A jovem heroína era apaixonada por Robin e não teve um apelo muito forte. Logo após, Betty se tornou Labareda e deixou a equipe para se integrar aos Novos Titãs da Costa Oeste. Depois de Crises nas Infinitas Terras, a DC estabeleceu que no Universo Betty Kane sempre foi Labareda, e nunca a auxiliar de Batman.

Após a saída de Bárbara (ver a seguir), Cassandra, a asiática, filha de Cain (assassino profissional e um dos professores de Batman) assumiu a função de Batgirl, sendo a segunda mais famosa a assumir o manto. Cassandra, assim como o pai, era uma assassina de alto padrão. Entre suas características estava o fato de ser muda e analfabeta, porém detalhes que não lhe impediram de lutar contra o mal.

Cassandra foi a primeira a usar o uniforme que cobria completamente todo o corpo, incluindo a face. E foi ela que estreou a primeira série mensal de Batgirl, em 2000. A revista chegou a 70 edições.

Stephanie Brown assumiu o manto de Batgirl, após Cassandra passar para ela a alcunha da heroína. Antes disso, Stephanie era conhecida como Salteadora e namorava um dos Robins. Em 2009, ela foi estrela na nova série mensal de Batgirl, que só foi encerrada após o início da publicação da heroína na série Novos 52.

Essas descritas foram as mais populares, mas muitas assumiram o papel da Batmoça, como Helena Bertinelli, a Caçadora; Charlotte Gage-Radecliffe, a Marginal; e Barbara Wilson, a sobrinha do mordomo Alfred (personagem do filme Batman & Robin, de 1997).

Bárbara Gordon

Bárbara nasceu de uma encomenda. Isso mesmo, a audiência da série televisiva do Batman (1966) não estava nada boa, mesmo depois de duas temporadas de sucesso. Foi quando o produtor William Dozier (1908-1991) acreditou que o que faltava a série era personagens femininos. Ele então foi falar com Julius Schwartz, o bat-editor da DC. Após uma longa conversa, Schwartz, que já tinha alguns personagens em mente incumbiu ao artista Carmine Infantino a criação da heroína.

Os produtores responsáveis pela série de TV viram os esboços das ilustrações que dariam vida a Batgirl e gostaram na hora, tanto que assim que viram as imagens começaram a planejar a confecção do uniforme da personagem. A primeira aparição de Bárbara Gordon em revista foi em janeiro de 1967, e em setembro ela estreou nas telinhas.

Doutora em biblioteconomia, bailarina, motoqueira, 30 anos, solteira e feminista. Essa era a Batgirl, pensada como reflexo do movimento feminista da década de 1960 e 1970. Ela lutava de forma independente contra o crime, algo que não agradava em nada o Batman, que era contrário as ações da moça.

Na TV ela ficou na série até o seu fim, naquele mesmo ano.

Nas revistas em HQ ela tornou-se a personagem principal das histórias secundárias da Detective Comics, e a posteriori, tornou-se a figura central de Batman Family.

Em 1980 sofreu o primeiro reboot. A década começava e cansada da forma que as heroínas eram tratadas nas HQs, a fã Barbara Kesel escreveu uma carta reclamação de 10 páginas ao editor-chefe da DC, Dick Giordano. Ele gostou tanto do que a jovem escreveu que acabou por contratá-la como roteirista passando para ela a responsabilidade de escrever as aventuras da Batgirl. Kensel acabou, anos mais tarde, tornando-se editora da DC, e seu envolvimento com Batgirl foi muito longo. Aliás, foi a editora a responsável por reescrever a história da origem de Bárbara, após Crise nas Infinitas Terras. Neste reboot, a personagem é sobrinha e filha adotiva do Comissário Gordon, que a adotou após a morte do irmão.

Em 1988, Batgirl ganhou um título só seu “Especial Batgirl”, era uma ironia. Após 21 anos, Barbara anunciou que penduraria a capa e se tornaria uma pessoa comum. Essa foi a forma encontrada para gerar empatia dos leitores e prepará-los para as mudanças que seriam feitas no futuro.

Naquele mesmo ano foi lançada Batman: Piada Mortal, de Alan Moroe e Brian Bolland, e foi nesta revista que aconteceu a grande mudança na vida de Bárbara Gordon. Ela conversava com o pai, quando a campainha do apartamento em que vivia tocou. Ao abrir a porta ela leva um tiro na barrida, dado por Coringa. Essa é considerada uma das cenas mais fortes da história. Além do tiro, o vilão tirou fotos da moça desacordada e nua, o que levou muitas pessoas a interpretarem que ela havia sido estuprada.

Após a tentativa de assassinato, Bárbara fica paraplégica. Para se ter ideia, a HQ não agradou o público, a crítica apontou a cena do tiro como clichê e uma forma de alavancar a história, e nem mesmo Alan Morooe gostou da revista.

Entre os que não gostaram de A Piada Mortal estava o casal Jonh Ostander e Kim Yale (1953-1997), roteiristas de Esquadrão Suicida. Eles conversaram com os editores da DC e demostraram que queriam adotar Barbara Gordan. A DC topou e a heroína tornou-se Oráculo, uma hacker que consegue todo o tipo de informação e disponibiliza aos heróis.

Após passar por vários grupos, Oráculo passa a trabalhar com Canário Negro, e pouco depois formaram um grupo Aves de Rapina, publicadas em revista mensal de mesmo título até hoje.

Novos 52

Em 2011, Batgirl ganha sua série em Novos 52. Após pesquisas, a DC concluiu que a melhor personagem para representar essa heroína repaginada seria Bárbara Gordon, pois foi a que mais marcou o público. Mas como fazer para ela voltar a ser a Batmoça?

Sobrou para a roteirista Gail Simone assumir essa responsabilidade. Na história, Bárbara passa por uma cirurgia experimental que reconstituiu a espinha cervical da personagem. A cirurgia deu certo, Barbara voltou a andar e a ativa com a capa de Batgirl, embora o trauma do tiro e do tempo que ficou paralisada ainda a torturasse.

Só que as aventuras da heroína não agradou muito os leitores, e depois de dois anos, a Batgirl foi novamente remodelada, desta vez por Brenden Fletcher, Cameron Stewart e Babs Tarr. A heroína ganhou um novo uniforme, foi rejuvenescida e ganhou uma nova casa.

Bárbara passa a morar em Burnside, um bairro hipster de Gordon City. Voltada ao público mais jovem, a heroína é gosta de redes sociais, usa roupas descoladas, é estudante universitária e envolvida com ativismo político. No princípio as histórias fizeram sucesso, fazendo os editores da DC a repensarem a histórias dos outros heróis.

Atualmente Batgirl tem uma série própria sendo os autores Hope Larson e Rafael Albuquerque. A intenção é manter a personalidade de Barbara, versão hipster, em aventuras diversas, com os problemas da juventude, viagens, diversão e etc. Bárbara também retorna as Aves de Rapina, na série intitulada Batgirl e Aves de Rapina.

Em outras mídias

Pode-se dizer que foi a televisão a responsável pelo nascimento da Batgirl, já que foi em razão da série Batman que a personagem foi criada. Na TV o papel da heroína ficou com a atriz Yvonne Craig (1937-2015).

Na década de 1990 ela roubou a cena nas séries animadas Batman e As Novas Aventuras do Batman. Os produtores Bruce Timm e Paul Dini orgulhavam-se em dizer que haviam conseguido levar para os desenhos animados a essência girl power de Barbara, nos anos 1960.

No cinema a estreia foi em Batman & Robin, em 1997. A Batgirl, Barbara Wilson, foi interpretada por Alicia Silverstone.

A heroína, de Barbara Gordon, reaparece na adaptação de Piada Mortal, de 2016, em longa-metragem. Uma das cenas que mais desagradou os fãs e a crítica em geral e a cena em que ela, após uma longa conversa com Batman, transa com o herói, no telhado de um prédio, além da cena em que Coringa tenta matá-la.

Em videogame a Batgirl não possuí um jogo que possa chamar de seu, apesar de fazer parte da franquia Batman nos últimos 16 anos.

Em brinquedo

Divulgação

Em 2016 Batgirl passou a fazer parte de uma coleção de bonecas, chamada DC SuperHero Gils. Nesta versão ela faz parte de um grupo de super-heroínas e vilãs, que se unem para combater o mal. Além dos brinquedos, elas também receberam uma série animada.